segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Contexto histórico: Pré-história à Idade Antiga


Olá pessoas estudiosas! Vos trago hoje uma análise do contexto histórico presente entre a Pré-História (até cerca de 4.000 a.C) e a Idade Antiga (4.000 a.C até 476 d.C). Como o contexto histórico desse período é complexo, denso, por causa dos povos pré-históricos e das inúmeras civilizações e seus importantes efeitos na contemporaneidade, então vou tentar contextualizar o que houver de mais importante e sintético.
Vamos começar com a Pré-História, mas, antes de qualquer coisa, vale o ressalvo que a denominação “Pré-História” é bastante discutida e questionada dentre os historiadores, mas continua representando povos humanos antes da escrita. O primeiro período da Pré-História é o Paleolítico e compreende desde os primeiros hominídeos até cerca de 8.000 a.C. O Paleolítico, ou “velha idade da pedra”, foi marcado pela instabilidade devido aos povos nômades, caçadores-coletores, que tinham que mudar constantemente de região para garantir alimentação ao grupo.
Além disso, o período foi marcado também pelo controle do fogo, formas de organização social em grupo e, principalmente, pela construção dos primeiros utensílios feitos de ossos, madeiras, chifres e pedras. Todo o trabalho de aperfeiçoamento dos utensílios e da forma de organização social não foi em vão. Dessa maneira mais organizada, passando pelo Mesolítico e transitando do nomadismo para o sedentarismo tendemos para o próximo período, o Neolítico. Nele, as sociedades eram agropastoris e existia uma intensa relação de domínio com plantas e animais. Houve também diversas inovações técnicas, tais como o aperfeiçoamento dos instrumentos de pedra, a cerâmica, a tecelagem, a construção de casas e o domínio do metal.
Impulsionada pelo Neolítico, surge uma nova fase da organização social, ou seja, a civilização. Foram com as primeiras civilizações que se constituíram as primeiras cidades, o sistema de registro e de escrita, a formação do Estado e o aprofundamento das divisões sociais. E é nesse contexto que serão aqui tratadas, sinteticamente, as mais relevantes civilizações que compreendem a Idade Antiga, ou seja, a Mesopotâmia, o Egito Antigo, Grécia Antiga e Roma Antiga.
Como estávamos falando de civilizações, nada melhor do que começar contextualizando o “berço das civilizações”, logo, a Mesopotâmia. Mesopotâmia, ou “terra entre rios”, que era situada entre o rio Tigre e o Eufrates, abrigou os mais diversos povos ao longo da história. Talvez, devido a isso, teve-se a formação das primeiras cidades (entre 8.000 e 1.500  a.C). Os primeiros povos mesopotâmios foram os sumérios e com eles veio a “invenção da escrita”. Foi nessa região também que se estabeleceram os primeiros códigos jurídicos, como o Código de Hamurabi.
Obs.: Tinha ficado estabelecido que fossem contextualizadas as civilizações mais relevantes da Idade Antiga, mas como foi citada a “invenção da escrita” e o conhecimento é algo infindo, na minha concepção se faz necessário citar o surgimento do alfabeto que também foi produzido neste período pelos fenícios.
Agora é a vez do Egito Antigo (desde 5.000 a.C). O Egito Antigo, situado no continente africano, era uma das regiões do Crescente Fértil, ou seja, contava com as terras férteis propiciadas pelas enchentes de um dos maiores rios do planeta, o Rio Nilo. Por este motivo, acredita-se que habitavam hominídeos desde o Paleolítico na região. A linha mais importante a ser seguida para a contextualização histórica da região é a do Período Dinástico Egípcio. Este período foi concebido depois que, por volta de 3.100 a.C, o Alto Egito, situado ao sul, conquistou o Baixo Egito, situado ao norte, e assim teve-se um governo único, regido por um faraó. O Período Dinástico Egípcio compreendeu o Antigo Império, o Médio “império” e o Novo Império. Durante o Novo Império, depois do século XII a.C, teve-se constantes invasões que levaram ao declínio do Egito. As invasões começaram com os assírios, passando pelos persas, macedônios e, por fim, romanos. Guardem bem a palavra “romanos”, pois agora vamos passear pela Grécia Antiga!
Pois bem, Grécia Antiga, aqui vamos nós! O território grego é desfragmentado, constituído por cadeias de montanhas que formas planícies férteis, possibilitando o estabelecimento de grupos humanos. Principalmente pelo aspecto fragmentado do seu território, acredita-se que nunca houve um Estado grego unificado. As principais cidades-Estado gregas eram Esparta e Atenas, sendo esta conhecida pelo governo democrático e aquela pelo militarismo e oligarquias. No que diz respeito a periodização histórica, a Grécia Antiga pode ser dividida em cinco períodos, começando pelo Micênico, 1650 a 1150 a.C, e terminando no Helenístico, 33 a 146 a.C. O Helenístico foi o período no qual houve a crise da pólis grega e o domínio dos macedônios, findando o que se conhece de Grécia Antiga.
Enfim, Roma. A grandiosa e quase imbatível, Roma! É bom lembrar este nome, pois, no que diz respeito em Idade Antiga, tudo se acaba em... Roma. É por esse motivo que, lá em cima, na introdução, tem datando que a Idade Antiga vai de 4.000 a.C até 476 d.C, exatamente por ser em 476 d.C que tem-se o declínio do Império Romano do Ocidente. Além disso, como vimos, o Egito acaba dominado por Roma e, como veremos, até a arte grega acabará sendo mostrada em Roma. A Roma Antiga foi fundada por um dos povos italiotas, os latinos, por volta de 2.000 a.C, na região do Lácio, próximo ao Rio Tibre. A periodização histórica de Roma pode ser dividida em três períodos, a Monarquia, a República e o Império (27 a.C.-476 d.C). Um dos maiores legados que está presente na contemporaneidade e que nos foi deixado por Roma é o cristianismo, lembrando que antes os romanos eram politeístas e, além de outras coisas, haviam assimilado da cultura grega as suas divindades, as renomeando, até o surgimento do cristianismo durante o reinado do imperador Otávio Augusto.

Sei que esta contextualização histórica ficou um tanto extensa, mas, fiz o possível para estabelecer inter-relações e deixar as informações mais importantes que servirão de base para a compreensão da arquitetura, pintura, escultura, moda e produto dos povos pré-históricos aos da Idade Antiga, como vocês virão a seguir.

Boa leitura e bom aproveitamento da mesma,
Att,

Mila Alencar.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo, volume único, 9 ed. Saraiva, 2008.
JANSON, H. W. Iniciação a história da arte. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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