terça-feira, 4 de setembro de 2012

Moda no Renascimento.


De modo Geral, a moda era usada, principalmente, para enaltecer o poder aquisitivo das pessoas, por isso, o mais esperado é que seja extravagante e pomposa. Os tecidos utilizados variavam basicamente entre seda e veludo, respectivamente caros.
Para os homens a roupa característica desse período foi o gibão, uma espécie de colete, normalmente acolchoado, com ou sem mangas, abotoado à frente. Sobre o gibão, usavam agasalhos acolchoados, cheios, cujas mangas eram bufantes na maior parte das vezes, ou uma túnica aberta à frente e de grande volume de tecidos. A saia trazia a abertura frontal, e sobre o órgão sexual usavam uma espécie de suporte que tinha como função de adorno, era de fato um detalhe para exibir toda a masculinidade e virilidade do portador. Nas pernas usavam meias coloridas, muitas vezes com características diferentes para cada perna. Essa moda foi toda bem colorida e chamativa, sendo a masculina mais efusiva que a feminina.
Para ambos os sexos,especialmente para moda feminina, era comum o decote acentuado, com o passar do tempo,surgiu um tipo de gola,denominada de rufo, que se assemelhava a uma enorme roda,em tecido fino e toda engomada, que cresceu tanto que atingiu proporções inimagináveis. Toda essa opulência era sinônimo de prestígio social. Era normalmente branca e podia ser ornada com rendas. O rufo foi usado por todas as pessoas que desejassem ilustrar a riqueza.
Para os pés masculinos,surgiram os sapatos de bico achatado e largo.
A moda feminina,em geral, usavam um vestido denominado de vertugado, que consistia em partes rígidas para o tronco e que, da cintura para baixo, se abria em formato cômico com armações mais rijas ainda, quase não dando efeito de movimento à peça e liberdade à usuária. As mangas desses vestidos normalmente eram longas, largas e pendiam, quase até o chão. Em seus vertugados as mulheres também faziam o uso das talhadas, e adornavam suas faces com a gola rufo.

Para os cabelos, em um primeiro momento do Renascimento, eram usados adornos mais leves como rendinhas, pérolas e tranças enroladas sobre a cabeça, e um grande costume feminino foi acentuar a testa não só esticando os cabelos para trás como também chegando a raspá-los mais próximos do alto da face.

Com o passar dos tempos, a moda feminina do vertugado acabou se transformando na fartbingale, que cresceu nas laterais dos quadris, atingindo volumes inusitados. As armações eram de madeira, arame, ou barbatanas de baleia para sustentarem todo esse exagero.

No Renascimento surgiu uma peça de grande importância para toda a história da moda que foi o corpete, que afunilava a cintura feminina de maneira bem significativa.

A moda feminina foi ganhando um significativo compromisso de sedução ao começar a evidenciar o colo com o decote e também a cintura com o corpete.



Léo Paschoal


As Esculturas Renascentistas


Na criação de esculturas renascentistas, representar com perfeição a natureza e o corpo humano era a parte mais importante da concepção de uma obra, pois o estudo da anatomia, personalidade, perspectiva e de profundidade influenciou os criadores a quererem representar de forma mais detalhada a realidade em suas esculturas. Os artistas não queriam mais ser apenas artesãos, eles tinham uma missão de ornamentação da peça. Os projetos eram muito importantes em cidades como Florença, onde haviam competições em que precisava-se criar grandes trabalhos, as Portas do Batistério são um bom exemplo disso.


Portas do Batistério, em Florença. Lorenzo Ghiberti 
fez os desenhos em relevo, demorando 21 anos para
finaliza-los.



Prata e ouro foram menos utilizados do que na época gótica, por outro lado, o bronze era usado em grande parte das obras, por ter boa durabilidade, ductilidade, e por obter um efeito considerado satisfatoriamente brilhante. O mármore, a madeira, e a terracota também começaram a ganhar mais atenção, o terceiro sendo o mais barato de todos.


Escultura feita em bronze por Verrochio, representando
Bartolomeo Colleoni, mercenário italiano






Estátuas em tamanho real como essa, onde há um homem acompanhado de um cavalo (conhecidas como estátuas equestres) eram bastante atraentes para os artistas, mas só começaram a ser possíveis após a segunda metade do século, por causa do custo de execução, e de problemas técnicos causados pelo bronze, que foi um material difícil de se manejar no início, já que poucos tinham tido experiência com ele, mas após algum tempo, novas técnicas de concepção apareceram. As brocas manuais foram empregadas e a técnica de talhar em mármore, do período clássico, voltou a ser praticada.

Giuliano de Médici, por Verrochio

Nos retratos, os escultores tentavam passar os traços naturais de cada indivíduo fielmente, sempre prestando atenção a sua fisionomia e sua personalidade. Retratos de mulheres focavam na beleza feminina, de modo mais delicado. Em esculturas de corpo inteiro, há uma predominância de homens nus, eles seguem a tradição gótica, as mulheres nuas geralmente eram feitas em pequenas estátuas de bronze, lembrando a antiguidade.


         Perseu, por  Celini






A escultura renascentista é dividida nos séculos XV e XVI, em dois períodos, o Quattrocento (concentrava-se em Florença) e Cinquecento (conventrava-se em Roma), ambos tiveram artistas esplêndidos: Michelangelo, Antonio Pollaiolo, Andrea Del Verrochio, Donatello, Leonardo da Vinci, entre outros importantes nomes.

Davi, por Michelangelo





O renascimento chegou a outros países também: na França, Inglaterra, Alemanha, e até nos Países Baixos, mas de modo geral, foi tardio, e alguns desses lugares ainda continuaram com grande influência gótica mesmo após a chegada do movimento renascentista.
São Bartolomeu, por Jacques Du Broeucq



Túmulo de Giuliano de Médice,
por Michelangelo















A maioria das esculturas possuía tema religioso, a parte exterior das igrejas renascentistas eram decoradas com esculturas e outros ornamentos, a parte interior tinha anjos, crucifixos, castiçais, fontes, e as vezes grupos  formados por várias estátuas. As portas de catedrais, batistérios e de sacristias eram frequentemente decoradas com desenhos em relevo de bronze. E existiam também túmulos gigantes e cheios de detalhes feitos para generais, poetas e outras pessoas importantes, nesses e em sepulturas era usado especialmente o mármore.



                                                                                                                                      

                                                                                       Thatiany Andrade Nunes

Renascimento e suas Pinturas

A Criação de Adão (1511) Michelangelo


Primavera (1482) Botticelli

A pintura no Renascimento é, com certeza, um dos legados mais famosos do Renascimento. Como o próprio nome já diz, ela é um “renascimento” da arte da Antiguidade Clássica.         

As principais características desse estilo eram a representação realista do Homem e da Natureza e o uso da perspectiva linear, que foi formalizada por Filippo Brunelleschi e Leon Battista Alberti. Com o início do Renascimento, a pintura a óleo substituiu a têmpera e os afrescos por possuir maior tempo de secagem, permitindo a experimentação de novas técnicas.

O nascimento de Vênus (1483) Botticelli
As técnicas mais utilizadas eram o sfumato e o chiaroscuro. O sfumato consiste em sucessivas camadas de cor misturadas em diferentes gradientes de forma a dar a impressão de profundidade, forma e volume. O chiaroscuro define os objetos representados sem usar linhas de contorno, apenas utilizando o contraste entre as cores. As duas técnicas foram utilizadas por Leonardo da Vinci, o mais famoso dos pintores renascentistas.
A Transfiguração (1517) Rafael Sanzio
A pintura renascentista iniciou-se com Masaccio (1401-1428). Em seguida, veio Sandro Botticelli. Outros nomes conhecidos são Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafazel Sanzio. Leonardo foi um gênio da humanidade, mostrando uma excelência nos âmbitos da pintura, escultura, arquitetura, botânica e outras áreas. Michelangelo é considerado um dos artistas supremos do Renascimento, e seu trabalho mais famoso foi pintar o teto da Capela Sistina, no Vaticano.

Luísa Leite Lopes

Mona Lisa (1503-1506) Leonardo da Vinci


Contexto Histórico do Renascimento


O RENASCIMENTO foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica na civilização europeia que se desenvolveu da Idade Média para a Moderna (1300-1650). Se deu lugar  transformações que não mais correspondiam ao pensamento medieval.

O RACIONALISMO, de acordo a época, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, abria as portas a um dom concedido por Deus. Mas ima característica do período renascentista é que a religião não é mística nem simbólica. Outro aspecto fundamental das obras era o privilégio dado às ações humanas. Representava-se na reprodução de situações do cotidiano e nos traços e formas humanas (naturalismo), dedicando-se a estudar e conhecer o homem. Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas do modelo Greco-Romano.

Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em destaque com a liberdade do individuo frente a um grupo e com isto o antropocentrismo.

Foi na Península Itálica que Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum que as famílias nobres, como os Médici e os Sforza, encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.

Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.
 
Sandra M. Velasquez.

Peça Gráfica Inspirada no Renascimento



Sandra M. Velasquez

A Arquitetura Renascentista

O Renascimento tinha como característica a influência greco-romana (ou período clássico). Esse movimento começou em Florença na Itália e se espalhou para o resto da Europa durante os séculos XV e XVI.
Autores greco-romanos foram traduzidos e ligeiramente difundidos, assim a filosofia clássica chega à aristocracia burguesa.
Essa fase da história foi a transição entre os períodos medieval e moderno.
A partir de estudos de antigos templos e ruínas, e aplicação da perspectiva, os arquitetos renascentistas, chegaram à origem da construção clássica, baseada na geometria euclidiana. Utilizando o quadrado como módulo de construção, as novas edificações atingiram proporções totalmente harmônicas.
As ordens gregas de colunas se impuseram no levantamento das paredes e na sustentação de abóbadas e cúpulas. As ordens mais utilizadas eram: 




DÓRICA
CORÍNTIA



JÔNICA
Essas ordens representam as proporções humanas, sendo a base o pé, a coluna o corpo e o capitel a cabeça.
As obras de arquitetura profana, os palácios particulares, também foram construídos com base no quadrado.
Esses palácios se parecem com cubos, têm uma tendência horizontal e são articulados por colunas e pilares. A função do pátio central é de que a luz chege às janelas internas. A parede externa é mais rústica e a almofadilha mais leve nos andares superiores. A ordem das colunas varia de acordo com o andar, no térreo, predomina a ordem toscana, no pavimento principal a jônica e nos andares superiores, a coríntia. Diferentes molduras e uma cornija que se estende por todo andar são utilizados para separar os níveis.

Villa Capra
Filippo Brunelleschi  mostrou uma nova concepção na arquitetura renascentista. Ele adaptou as formas góticas e clássicas à sua época, exemplos disso são as igrejas do Espírito Santo, de São Lourenço e a cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore. Mas a arquitetura renascentista só atingiu seu maior potencial na metade do século  XVI, em Roma.

Durante a alta renascença, Giuliano de Sangallo e o pintor Rafael Sanzio dirigiram os trabalhos da Basílica de São Pedro. Andrea Palladio, um dos arquitetos mais influentes, tem entre suas obras a Basilica de San Giorgio Maggiore, Villa Capra “La Rotonda”, Villa Barbaro, Igreja do Redentor e a Basilica Palladiana.


Basílica de São Pedro
Todos eles se dedicavam principalmente à construções religiosas, a mais ambiciosa é a Catedral de São Pedro. Ela foi iniciada por Bramante, continuada por Michelangelo, acrescentada por Carlos Maderno  e adornada por colunas externas por Carlos Giovanni.

Dois tipos de construção secular se destacaram na Itália: o palácio e a villa. Os palácios eram uma edificação intermediária entre a fortaleza e a casa senhorial. Eles eram constituídos por blocos de pedra maciça porque durante as lutas políticas, os membros de um partido costumavam atacar o palácio de um rival.

A Villa era uma adaptação da domus romana. Possuía uma galeria e amplos terraços e situava-se no centro de um grande jardim. O melhor exemplo dessa construção é a  Villa Capra.




  Essa área interna do Museu do Louvre é um exemplo de arquitetura
renascentista em outros países da Europa.

                                        
     


Ana Helena Chianca



O Renascimento e seu Produto


O Renascimento foi responsável pela grande mudança na produção das artes e dos produtos, começando a surgir nas cidades italianas, para depois, mais tarde se expandir para todo o resto da Europa.

Dentro da historia do design gráfico, o renascimento se tornou marcante pela inovação que trouxe à área do design de livros. O design de tipos, o layout de pagina, ornamentos, ilustrações e até mesmo o projeto global do livro em si sofreram mudanças e foram repensados pelos impressores e eruditos italianos.

Tendo como influência dos desenhos de protótipos do alfabeto romano de Sweynheyn e Pannartz e as margens grossas e decorativa dos primeiros livros franceses, começou o primeiro passo para os projetos de livros da era do Renascimento e para a inovação das tipos italianas.

O tipógrafo italiano conhecido como Johannes de Spira, dono a primeira gráfica de Veneza, descartou certas qualidades góticas encontradas nas fontes de Sweynheyn e Pannartz, e estabeleceu uma concepção mais original aos seus tipos romanos, publicando-os em seu primeiro livro, Epistolae ad Familiares (Cartas a familiares).  Em parceria com seu irmão, Vindelinus, a edição de Spira do livro de Santo Agostinho De Civitate Dei (A cidade de Deus), foi o primeiro livro tipográfico com numeração de páginas.

Tipos de Spira (acima) x Jenson (abaixo).




Após a morte prematura de Spira, tivemos a aparição de um francês chamado Nicolas Jenson, e foi o responsável por estabelecer a segunda gráfica de Veneza. Jenson tornou-se um designer de tipos famoso por ter utilizados os primeiros tipos no livro de Eusébio, De Praeparatione Evangelica (Preparação evangélica), tipos esses que apresentavam o florescimento do design de tipos romanos.


Os tipos de Jenson tinham como grande característica sua legibilidade, entretanto foi a sua habilidade de projetar espaços entre letras e no interior de cada forma para criar uma tonalidade mais homogênea na diagramação a página que lhe tornou reconhecido como gênio em seu trabalho. Jenson, assim como outros impressores, tiveram também a ideia de desenhar marcas registradas para identificar seus livros. 




Marca atribuída a Sociedade dos Impressores Venezianos - 1481.
 Marca atribuída ao impressor Laurentiuz de Rubeis - 1482.

 Marca atribuída ao impressor Padre Miguel - 1494.



Os designers do Renascimento gostavam bastante da decoração floral. Flores silvestres e vinhas eram aplicadas a mobila, arquitetura e também ao manuscrito. O layout das primeiras paginas de alguns livros era enfeitado com flores e ornamentos. Tais características decorativas eram inspiradas na antiguidade ocidental e em formas com padronagens derivadas das culturas islâmicas orientais. Essas molduras xilográficas e capitulares foram inovadas graças ao alemão Ratdolt, Mestre impressor de Augsburgo e que trabalhou em Veneza por dez anos com a ajuda de seu sócio, responsável pelo design das molduras, Bernhard Maier. 

Folha de rosto para Calendarium de Regiomontano - 1476. // Design criado por Erhard Ratdolt, Peter Loeslein e Bernhard Maier.


Os livros impressos durante o Renascimento tiveram desenhos de tipos e também de molduras e até gravuras criadas com a presença de leis matemáticas e princípios geométricos, exaltando assim o Humanismo existente nessa época.

 
Folha de rosto para De Natura Stirpum Libri Tres (Sobre a natureza das raízes. Livro três.) // Ilustração feita por Simon de Colines.


A era renascentista fora de grande contribuição para a melhoria no design gráfico graças as inovações geradas para a diagramação, produção tipográfica, temática abordada, as ilustrações criadas e o design do livro em geral. 

 
Por: Flávia Pimenta.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Renascimento no Brasil


O Brasil ainda era uma terra um tanto quanto desconhecida quando o movimento renascentista surgiu na Europa.  A sociedade portuguesa, que no Brasil se encontrava no século XVI, tinha uma cultura estruturada sobre o religioso. A referência era o sagrado (a religião). A realidade era entendida como expressão da onipresença divina, segundo a interpretação que o cristianismo dava.

Sendo assim, podemos falar em renascimento do ponto de vista cultural. Porém os jesuítas se posicionaram se esquecendo de que, são os seres humanos que fazem a história, assim não conseguiram colocar seu ponto de vista nos donos da terra. E enquanto isso na Europa o Renascimento já explodia: artes, letras e filosofias.


 
Durante a época colonial (1500-1822) e o próprio império (1822-1889) é errado falar em artes plásticas originalmente brasileiras, pois as manifestações artísticas no Brasil nos períodos citados nada mais eram que adaptações ou cópia de estilos europeus para o Brasil transplantados pelos colonizadores. O que se registra é a adaptação e estilização de tendências europeias. Desse modo, pode-se afirmar que as artes plásticas no Brasil durante os quatro primeiros séculos de nossa história são caudatárias do Renascimento.
Uma das principais manifestações artísticas envolve o caso dos holandeses em Pernambuco (Frans Post e Albert Eckhout), dos portugueses na Bahia e no Rio de Janeiro e o desenvolvimento artístico em Minas Gerais com o ciclo do ouro. Só durante o final do século XIX é que surgem as primeiras tentativas de dar à arte brasileira uma feição mais nacional, a exemplo do que tentara o nacionalismo literário.


Vanessa Barbosa